Objetivo Principal

O objetivo deste blog é construir e compartilhar experiências em Educação Musical para crianças. A ideia principal é estabelecer um repertório de músicas escritas especialmente para crianças, seus autores e os meios materiais de sua origem.



quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

UMA LENDA JAPONESA




Continuando a falar das lendas e do Japão, encontrei esta outra, mais bonita e com uma bela mensagem para todos nós. Esta lenda reúne ingredientes que transmitem às crianças valores como lealdade, honestidade, honra e bondade. 

Primeiro eu li esta lenda no site:


Em seguida, neste vídeo da turma do Quintal da Cultura, programa fabuloso produzido pela TV Cultura, pude assistir José Eduardo Rennó (Ludovico) e Helena Ritto (Dorotéia) contando a história, usando papel e muito humor e criatividade! 
Para quem nunca assistiu este programa vale a pena conferir. No youtube:

https://www.youtube.com/user/quintaldacultura/featured

Tem música, história, entrevista, brincadeiras, fantoches e bonecos animados!

Voltando á nossa lenda...

A história fala das estátuas de Jizô Bosatsu. Estas estátuas, comuns no Japão, são encontradas em jardins, parques, cemitérios, nas estradas e em santuários. É costume oferecer pequenos presentes às estátuas como velas, brinquedos ou flores. Muitas delas são enfeitadas com cachecóis, coletes ou boinas.

São consideradas protetoras dos viajantes e é muito comum serem encontradas em número de seis estátuas juntas, enfileiradas nas beiras das estradas. 

O Jizô é o guardião das crianças, principalmente das crianças que morrem prematuramente ou que foram abortadas. De acordo com a tradição budista, depois que morre, a pessoa deve atravessar o rio Sanzu para alcançar a vida após a morte. As crianças que morrem não conseguem fazer a travessia, pois, além de causarem grande sofrimento aos seus pais, não acumularam boas ações suficientes para atravessarem o rio. Então elas devem orar por compaixão para Buda e juntar pedras à margem do rio. Por isso pais que perderam seus filhos colocam pedras aos pés das estátuas para os ajudarem na suas penitências. O Jizô protege as crianças e as esconde nas mangas de sua túnica. Bonito, não?


sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

AS BODAS DO RATINHO

Uma das minhas músicas favoritas do grupo Palavra Cantada é "Rato". Talvez por contar uma história, ter muitos personagens "famosos", talvez por falar de amores impossíveis e ter um final bastante feliz, talvez por levar os ouvintes por um caminho que aos poucos vai mudando de direção e mostrando novas possibilidades.
Esta canção é de autoria de Paulo Tatit e Edith Derdyk e foi lançada no CD "Canções Curiosas" em 1998. Virou um belo clipe e também livro, com ilustrações de Laurent Cardon, pela editora Melhoramentos, no ano de 2013.



No mês de novembro, fazendo uma pesquisa sobre músicas e histórias de crianças japonesas, encontrei um lindo conto, recolhido por Fernando Santiago dos Santos, chamado "As Bodas do Ratinho". 
Fernando leu várias histórias originais em japonês. Em 1994 ele traduziu essas histórias para o inglês. Após alguns meses surgiu a versão em português, que está disponível no endereço:

http://fernandosantiago.com.br/hisjapo.pdf

Segundo Fernando, as histórias japonesas são escritas com uma linguagem poética, trazendo personagens da natureza e muitos símbolos, através das quais pode-se conhecer um pouco da filosofia milenar deste povo. 
Interessante notar que muitas delas são conhecidas e vieram de outros lugares, como, por exemplo, "O Lobo e o Pastor", de autoria do escritor grego Esopo. No entanto, todas as histórias ganham uma nova "roupagem", proporcionando aos leitores um olhar diferenciado e dando a oportunidade de conhecer um pouco mais da cultura do Japão.

Na história "As Bodas do Ratinho" um casal de ratos quer encontrar um noivo para sua filha. O pai Rato quer que seu genro seja a pessoa mais importante do mundo. Ele começa sua procura convidando o Sol para ser o noivo.
O "Rato", música da dupla Palavra Cantada, conta para todos a história de um ratinho que se apaixona pela Lua. A música é linda, alternando compassos, andamentos e estilos. 

Fiquei pensando como é importante a gente pesquisar e conhecer novas versões, isso enriquece nossa vida e a de nossos alunos. Coincidentemente estava lendo um trecho do livro "A Utilidade do Inútil" de Nuccio Ordine e, entre tantos capítulos e frases (vale a pena conferir), achei esta que usarei como uma "coda" para este artigo:

"Somente o saber pode ainda desafiar as leis do mercado. Eu posso compartilhar meus conhecimentos com os outros sem me empobrecer. Posso ensinar a um aluno a teoria da relatividade ou ler com ele uma página de Montaigne, dando vida a um milagroso processo  virtuoso no qual se enriquece, ao mesmo tempo, tanto quem dá quanto quem recebe."





Falando de Rosas

Estava procurando uma cantiga para as crianças dançarem na festa junina da escolinha. Esta música é uma graça e neste arranjo ficou melhor ainda. Apreciem!