Objetivo Principal

O objetivo deste blog é construir e compartilhar experiências em Educação Musical para crianças. A ideia principal é estabelecer um repertório de músicas escritas especialmente para crianças, seus autores e os meios materiais de sua origem.



terça-feira, 19 de março de 2013

TIQUEQUÊ




Acabo de assistir o DVD "Tu Toca o Quê?" do grupo Tiquequê. 
A mãe de uma aluna me emprestou para assisti-lo, pois, segundo ela, suas filhas estavam adorando a novidade. Não conhecia o grupo, mas logo me encantei com seu trabalho.
Formado pelos músicos Diana Tatil, Bel Tatit, Angelo Mundy e Wem, o grupo nasceu com o intuito de animar festas infantis. Juntando música, teatro, dança, histórias e brincadeiras eles trazem elementos simples (percussão corporal, sons de objetos do dia-a-dia, passos de dança) para interpretar diferentes tipos de músicas, como canções de roda, do nosso folclore, canções infantis e muitas composições próprias. 
Com o sucesso, eles criaram espetáculos e hoje já possuem um CD, um DVD, e alguns produtos artesanais comercializados no site do grupo:

http://www.tiqueque.com/index.html

Diana Tatit é formada em Letras e atua como professora em uma escola em São Paulo. Sobrinha de Paulo Tatit participou de shows da Palavra Cantada e do Coro das Primas.
Angelo Mundy toca violão, estudou teatro, é formado em Língua Portuguesa e Inglesa e atua como músico e compositor, além de ser professor de educação infantil em São Paulo.
Bel Tatit também participou, desde muito jovem, das gravações de CDs e shows da Palavra Cantada. Formada em Psicologia, dedica-se à carreira acadêmica, além do trabalho com o grupo Tiquequê.
Wem estudou violão, cursou Música na faculdade Santa Marcelina e tem um trabalho de composição própria.
No espetáculo "Tu Toca o Quê?" o grupo interage com a platéia e interpreta canções como: O Trem de Ferro, Roda Pião e Sabiá lá na Gaiola. Na música O Cravo e a Rosa, o grupo traz um arranjo interessantíssimo: um tango dramático. Duas músicas de Arnaldo Antunes: Nem Tudo e Cultura, são apresentadas de forma inusitada. 
Vale a pena conhecer este trabalho e trazê-lo às nossas crianças. 

terça-feira, 12 de março de 2013

PORQUE OS MOSQUITOS ZUNEM NO OUVIDO DA GENTE


Gosto de contar histórias nas aulas de música para crianças da Educação Infantil. 
A história é uma oportunidade de agrupar as crianças ao redor do professor, chamando sua atenção para o tema da aula. Também pode ser usada para criar oportunidades de diálogo sobre algum assunto que se queira tratar no decorrer da aula.
Teca Alencar de Brito traz em seu livro "Música na Educação Infantil" (2003) um capítulo especialmente voltado para a sonorização de histórias. Segundo ela, através das histórias podemos estimular a capacidade criativa das crianças, desenvolvendo seu contato com a linguagem oral, com diferentes mundos e personagens, que enriquecem a experiência de vida das crianças, estimulando a imaginação.
Nas aulas de música a história pode ser usada de forma expressiva, explorando o universo sonoro, a entonação e ritmo das palavras e frases. Explorar nosso instrumento, a voz, variando a intensidade, a altura, o andamento, mostrando que temos diferentes possibilidades sonoras e transmitindo isso às crianças.
Podemos utilizar os sons corporais e estimular as crianças a acompanharem a história, reproduzindo ou criando sons para imitar os passos dos animais, a voz de algum personagem, os barulhos da natureza, entre outros.
Podemos dispor de instrumentos musicais que serão utilizados para imitar estes sons, fazendo com que os pequenos participem ativamente da atividade.

Esta semana, pesquisando algumas histórias na biblioteca de minha escola, encontrei este livro:  Porque os mosquitos zunem no ouvido da gente. Baseado num conto da África Ocidental, a história escrita por Verna Aardema, com ilustrações de Leo e Diane Dillon,  foi traduzida para o português por Gian Calvi, em 1998. O livro faz parte do Projeto "Crianças Criativas" que traz várias publicações como livros, DVDs, fantoches e jogos com o objetivo de estimular o hábito de leitura e o desenvolvimento do potencial criativo dos leitores. Os diretores do projeto são Gian Calvi e Lucila Martinez. O endereço do projeto na internet é:

http://www.criancascriativas.com.br

A história é muito bonita, as ilustrações são belíssimas. O iguana, mal-humorado, ao ouvir um comentário absurdo do mosquito, resolve tapar os ouvidos com dois gravetos e ir embora, arrastando-se pelo mato. No entanto, nem o mosquito e nem o iguana, poderiam prever o que iria acontecer ao adotarem tais comportamentos...

Para mim, a história fala de sentimentos muito parecidos com os meus. Interessante eu encontrar este livro nestes dias, próximos ao aniversário de 10 anos da morte de meu filho Francisco. 
A mamãe coruja, ao saber da morte de seu filhote, resolve não piar para acordar o sol. Então a noite não mais terminou e todos os  bichos da floresta ficaram preocupados. 
O luto é como a noite que não termina. Parecia impossível que, depois de uma noite de velório e tristeza, os passarinhos começassem a cantar e o sol voltasse a iluminar a cidade. Mas foi isso que aconteceu. Até mesmo a mamãe coruja resolveu interromper sua tristeza e voltou a piar.
Segundo Fernando Pessoa:

"Quando vier a primavera,
Se eu já estiver morto.
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na primavera passada.
A realidade não precisa de mim."





sexta-feira, 8 de março de 2013

Doze Anos


Meu filho Francisco faleceu aos 12 anos de idade, no dia 16 de março de 2003. 
Ele era um menino assim como os meninos que Chico Buarque e Moreira Silva descreveram nesta música: alegre, cheio de vida, amigos e ideias.
Que saudades eu tenho dos seus 12 anos!

Falando de Rosas

Estava procurando uma cantiga para as crianças dançarem na festa junina da escolinha. Esta música é uma graça e neste arranjo ficou melhor ainda. Apreciem!