Objetivo Principal

O objetivo deste blog é construir e compartilhar experiências em Educação Musical para crianças. A ideia principal é estabelecer um repertório de músicas escritas especialmente para crianças, seus autores e os meios materiais de sua origem.



sábado, 29 de novembro de 2014

MENSAGEM PARA NOSSOS FILHOS

Olá,

Recebi uma mensagem de André Pádua e Tiago Saad, que participaram do projeto "Jacarelvis e Amigos" (já divulgado neste blog), me apresentando este vídeo que acabaram de lançar.
Eu assisti e gostei. Aproveito para divulgá-lo! Espero que vocês também gostem!




terça-feira, 18 de novembro de 2014

UMA VISITA NOS ESTÚDIOS TEMPO DE BRINCAR

Já falei sobre a dupla "Tempo de Brincar", formada por Valter Silva e Elaine Buzato. Gosto muito do trabalho deles!
Se vocês visitarem o site http://www.tempodebrincar.com.br/, poderão baixar o CD "Coletânea" e as partituras das músicas do CD. Material muito legal! Vale a pena!
"Ciranda dos teus olhos", "Crenças e Mitos", "Pererê", "Um fandango pro Saci", "Tempo Menino", "O Trem" e "O que é, o que é" são minhas preferidas. São músicas lindas, brincalhonas, que fazem a gente feliz!




terça-feira, 11 de novembro de 2014

SÍTIO DO PICAPAU AMARELO






Já estamos quase no final de 2014. Época de ensaios para as festas de encerramento das escolas. Como sempre, na nossa escolinha, buscamos um tema de interesse das crianças. Durante todo o ano letivo vários projetos foram feitos, vários assuntos foram abordados, o que chamou mais a atenção das crianças? Que tema poderia ser tão rico e envolver todos os pequenos, do maternal ao grupo 3, para nosso teatro?
Este ano escolhemos "O Sítio do Picapau Amarelo". 

O primeiro livro de Monteiro Lobato que fala do Sítio é "A Menina do Narizinho Arrebitado", escrito em 1920. Desde então foram muitas histórias e personagens que ficaram famosos e encantaram as crianças por muitas gerações.

Em 1952 foi exibida a primeira adaptação da obra de Monteiro Lobato para a televisão. Criado por Júlio Gouveia e Tatiana Belinky o programa ficou no ar por 10 anos na TV Tupi.
No entanto, a adaptação mais conhecida estreou em 1977, na Rede Globo.
Tornou-se um dos marcos da teledramaturgia brasileira e foi exibida até 1986. Em 2001 uma nova série foi produzida e exibida pela Rede Globo, contando com mais de 500 episódios. Em 2010 foi anunciada a produção de uma série animada, com direção de Humberto Avelar e criação dos personagens feita por Bruno Okada.

Mas eu queria mesmo era falar da trilha sonora da série...
O álbum de 1977 reuniu grandes nomes da MPB, compositores e intérpretes. Com lindas melodias, arranjos bem elaborados, ritmos variados, que nos fazem ir das cantigas de ninar ao samba.


Produzido por Guto Graça Mello e Dori Caymmi e lançado pela Som Livre as músicas eram:

- Narizinho - Ivan Lins e Vitor Martins;
- Ploquet Pluft Nhoque (Jaboticaba) - Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro;
- Saci - Guto Graça Mello (esta música, instrumental a princípio, ganhou letra de Carlinhos Brown na gravação de 2001);
- Peixe - Caetano Veloso;
- Visconde de Sabugosa - João Bosco e Aldir Blanc;
- Dona Benta - Ivan Lins e Vitor Martins;
- Sítio do Picapau Amarelo - Gilberto Gil;
- Pedrinho - Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro;
- Arraial dos Tucanos - Geraldo Azevedo e Carlos Fernando;
- Tia Nastácia - Dorival Caymmi;
- Passaredo - Chico Buarque e Francis Hime;
- Emília - Sérgio Ricardo;
- Tio Barnabé - Marlui Miranda, Jards Macalé e Xico Chaves.

Vale a pena conferir artigo falando sobre a trilha sonora original no endereço:

http://www.overmundo.com.br/overblog/sitio-do-picapau-amarelo-trilha-sonora-original

Em 2001 as canções antigas foram regravadas e ganharam novas versões nas vozes de Ivete Sangalo, Pato Fu, Zeca Pagodinho e Jota Quest, por exemplo. Novas composições foram feitas ampliando o repertório do Sítio e trazendo novos compositores como Jorge Vercilo e Lenine.

Com tanta música boa vamos ter uma bela apresentação!


sexta-feira, 22 de agosto de 2014

GANGORRA - COM A CORDA TODA


Tenho acompanhado alguns  programas do "Musical Rá Tim Bum" e me encantei com a apresentação do grupo "Gangorra", que assisti neste último final de semana.




O projeto "Gangorra" surgiu com os músicos e compositores Vange Milliet e Paulo Lepetit a partir da convivência com seus filhos pequenos. Assim, utilizando temas inspirados no dia-a-dia das crianças, surgiram as 13 composições que mais tarde se transformariam no CD "Com a Corda Toda", lançado em 2013 pelo selo Sesc.


As músicas retratam o cotidiano infantil, falando de animais (cavalos, papagaio, galo, pernilongo, tamanduá), das dúvidas das crianças e de seus medos. Os ritmos são variados e o disco conta com as participações especiais de Zeca Baleiro, Maurício Pereira e Swami Jr. Os músicos, além de Vange Milliet e Paulo Lepetit, são Webster Santos, Leandro Paccagnella, Marcos Bowie e Thomas Rohrer.
A primeira apresentação do grupo foi em 2011 dentro do Rumos da Música - Infantil do Itaú Cultural. Desde então foram muitos shows que trazem, além da música, cenas teatrais, brincadeiras e bonecos. São utilizados também instrumentos feitos de material reciclável o que torna o show divertido, envolvente e descontraído.


Vange Milliet é cantora, compositora, produtora musical, fotógrafa e diretora de documentário. Iniciou sua carreira em 1988, trabalhando com Chico César. Dividiu os palcos com Tom Zé, Zé Keti, Lenine, Zeca Baleiro, Elza Soares, Itamar Assumpção, Naná Vasconcelos, e outros músicos brasileiros. Tem três discos lançados "Vange Milliet", "Arrepiô" e "Tudo em mim anda a mil". 
Paulo Lepetit é compositor, arranjador e produtor musical. Iniciou sua carreira nos anos 80, como integrante da banda "Isca de Polícia", de Itamar Assumpção. Tocou com Cássia Eller, Fortuna, Chico César e trabalhou como produtor com Tom Zé, Dona Zica, Bocato, Alzira Espíndola, entre outros. Produziu o disco "Pretobrás" de Itamar Assumpção, que ganhou o Prêmio Sharp de melhor disco pop em 1998.
No vídeo a seguir, eles contam um pouco sobre o show e as músicas. Vale a pena assistir!



terça-feira, 5 de agosto de 2014

LÁ VEM HISTÓRIA - BIA BEDRAN




Entre 1987 e 1993, Bia Bedran iniciou um trabalho pioneiro ao levar o ato de contar histórias para a televisão. Primeiro com o programa "Canta, Conto" na TVE do Rio de Janeiro. A partir de 1988 foi a vez do "Baleia Verde" na TVE e na TV Manchete. 
A série "Lá vem História" estreou no dia 22 de maio de 1995, com a lenda "Estrela do Mar", contada por Bia Bedran.
Num programa simples e cheio de graça, com duração de no máximo cinco minutos, Bia Bedran contava lendas e histórias, utilizando diferentes objetos sonoros e instrumentos musicais para fazer a sonoplastia e representar os personagens das histórias.
O programa ia ao ar pela TV Cultura de São Paulo. Bia Bedran gravou 20 episódios. 
Seu jeito de contar histórias encanta e por isso vale a pena conhecer este trabalho!



As histórias são lindas, e, neste mês do folclore, são material muito rico para trabalhar em sala de aula.  




quinta-feira, 3 de julho de 2014

DOZE LENDAS BRASILEIRAS - CLARICE LISPECTOR





Lançado pela editora Luz da Cidade, em 2000, o CD "Doze Lendas Brasileiras" traz histórias curtas, inspiradas em lendas nacionais, escritas por Clarice Lispector e contadas por 12 artistas brasileiras. 
No elenco encontramos Camila Pitanga, Sílvia Buarque, Maria Padilha, Heloísa Mafalda, Zilka Salaberry, Odete Lara, Rosita Thomas Lopes, Duze Naccarati, Luana Piovani, Maria Zilda Bethlem, Martha Overbeck e Mariana Valente. Mariana, na época da gravação com 13 anos, é neta de Clarice e escolheu o conto "Curupira"  para ler, com muita graça e vivacidade.
Já as veteranas Zilka e Heloísa parecem contar histórias para seus netos. Algumas fazem grandes interpretações, como Odete na história "Uma Lenda Verdadeira" falando do nascimento de Jesus. Camila utiliza a alternância de tons na voz para diferenciar os personagens de "As Aventuras de Malazarte".
Quem coordenou o projeto foi Paulo Lima, que conta também com a trilha sonora de Paulo Rafael e Paulo Brandão.


Clarice Lispector nasceu na Ucrânia, em 1925. A família mudou-se quando Clarice era ainda pequena, estabelecendo-se em Recife. Aos 12 anos, órfã da mãe, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. 
Clarice cursou Direito, mas, apaixonada por livros, trabalhou em jornais, casando-se em 1943. Seu primeiro livro "Perto do Coração Selvagem" foi publicado no ano seguinte. Seu marido era diplomata, por isso viveram muitos anos fora do Brasil. Clarice dedicava-se a escrever. Depois de 15 anos, separada do marido, Clarice voltou ao Rio de Janeiro. Tornou-se uma das mais importantes escritoras brasileiras. Faleceu em 1977.
Durante sua vida dedicou-se também a literatura Infantil. Entre suas obras estão: "Mistério do Coelho Pensante", "A Vida Íntima de Laura", "A Mulher que Matou os Peixes" e "Quase Verdade". 
Nestes livros Clarice surpreende com uma sensibilidade quase maternal, como se as histórias fossem contadas numa sala de visitas, por alguém bem próximo ao leitor, criando um clima de intimidade e confiança. 
"Doze Lendas Brasileiras" é a versão em audio do livro "Como Nasceram as Estrelas". No livro estão doze histórias , encomendadas a Clarice para ilustrar um calendário. São doze lendas, uma para cada mês do ano. Fala-se de Saci, do Uirapuru, do Curupira e da Iara. Fala-se de onças, sapos, urubus e jabutis. 
Os textos são curtos e constantemente sofrem interferência da narradora: "Será que a moral desta história é que o bem sempre vence? Bom, nós todos sabemos que nem sempre. Mas o melhor é a gente ir-se arranjando como pode e dar um jeito de ser bom e ficar com a consciência calminha" ou "Como é que se espalhou que o uirapuru dá sorte? Ah, isso não sei, mas que dá, dá!".


Fiquei encantada com as histórias, o jeito de contar, assim tão calmo, tão aconchegante! Com certeza as crianças vão adorar quando forem apresentadas à estas lendas tão bonitas!

domingo, 22 de junho de 2014

HISTÓRIAS DO MÊS DE JUNHO - PARTE 2

Mais uma história! Desta vez um belo conto popular, conhecido por todos: "Festa no Céu"!

"Vai haver festa no céu
Vou levar meu violão
Vou cantar a noite inteira, ô,
Bam, banlão, bambão, bambão."

No entanto, quem poderia ir à esta festa? Só bicho que voa. Os outros bichos ficaram tristes, mas inconformado mesmo ficou o sapo, ou será o jabuti? Depende...
São várias versões. 
Conheci "Festa no Céu" na coleção Disquinho. Coleção antiga, lançada em 1965 pela Continental e produzida até a década de 1980. Os discos coloridos contavam as mais belas histórias infantis. Musicadas por João de Barro, Eliza Fiúza e Sílvia Helena Fiúza e orquestradas por Radamés Gnatalli, as histórias são adaptações de lendas, de contos populares, de contos de Andersen, de Grimm e outros autores. A coleção fez grande sucesso na época, sendo relançada entre 2003 e 2006 pela WEA em CDs, preservando as capas originais.




A adaptação de "Festa no Céu" de João de Barro é leve e muito divertida. Os temas musicais, ligados à algum personagem, trazem palavras que brincam com as vozes dos animais: os sapos coaxando, o canto da saracura com ritmo martelado, o urubu com seu violão, a voz estridente da araponga, os mosquitos que cantam "fino" e os besouros que cantam "grosso".
A coleção "Clássicos Infantis" da editora Moderna, publicada pela primeira vez nos anos oitenta, apresenta muitos contos de fadas e muitas histórias que fizeram parte da série "Disquinho".  Entre eles, com adaptação de Cristina Porto, está "Festa no Céu".



Com ilustrações de Tatiana Paiva e os versos de João de Barro, a editora Rocco também apresenta seu livro "Festa no Céu".




Tenho comigo mais três versões:
- Festa no Céu - conto popular recontado por Ana Maria Machado da editora FTD.
- Festa no Céu - Coleção Folha - Contos e Fábulas para crianças.
- Alvoroço de Festa no Céu - esta versão é especial! Faz parte do CD "Doze Lendas Brasileiras" de Clarice Lispector. Versão em audio do livro "Como Nascem as Estrelas" este CD traz lendas e casos do folclore brasileiro, recontados pela grande escritora Clarice Lispector. Na voz de atrizes como Maria Padilha, Maria Zilda Bethlem, Heloísa Mafalda, entre outras, as histórias são narradas com muita graça, humor e dramaticidade. Que belo trabalho de Clarice que consegue dar um final surpreendente ao nosso inconformado sapo.

Por ser uma grande história, que faz brilhar os olhos e traz alegria para quem a escuta, "Festa no Céu" sempre vai estar presente. E que belo material para enriquecer nossas aulas e as festas do mês de junho!



sábado, 21 de junho de 2014

HISTÓRIAS DO MÊS DE JUNHO

Gosto muito de usar livros de histórias nas aulas de música para as crianças. Com a chegada das festas juninas resolvi comprar o livro "Mês de Junho tem São João" do Fábio Sombra e Sérgio Penna. Que trabalho bonito eles fazem! Vocês se lembram do livro "Duas Festas de Ciranda" dos mesmos autores? Pois bem, ambos os livros fazem parte da coleção "Tradições de nossa Terra" da editora ZIT.




"Passa o ano e já vem vindo
O mês de junho no sertão
Com forró pra Santo Antônio,
Pra São Pedro e São João."

O livro é muito colorido, com gravuras que fazem lembrar as xilogravuras da literatura de cordel. Não podemos nos esquecer que Fábio Sombra é membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel e um grande pesquisador da cultura popular brasileira. Junto com Sérgio Penna, também violeiro e compositor, os dois fazem um passeio pelas tradicionais festas juninas, rico em detalhes como: as comidas típicas, as brincadeiras, a música, os violeiros, a quadrilha e o casório (com direito a padre e delegado no altar....).
As crianças da escolinha do Faz-de-Conta já conheceram o livro e estão adorando!
Os versos, ritmados e com muitas rimas, são gostosos de ouvir e logo as crianças estão completando as frases com muita alegria. Vale a pena conhecer!

sábado, 14 de junho de 2014

CACURIÁ


No dia 31 de maio, participei de um curso em Ribeirão Preto, promovido pelo Centro de Estudos da Escola da Vila, sobre música na Educação Infantil. O orientador do curso foi o professor Vicente Domingues Régis. 
O curso foi muito bom, dançamos e brincamos o dia inteiro e aprendemos muitas coisas novas. É surpreendente como nós podemos aprender sempre! Muitas vezes revemos as mesmas músicas, mas cantadas e dançadas de formas diferentes. Assim as ideias vão surgindo e você se sente renovada!
Entre as muitas brincadeiras que fizemos, gostaria de destacar as danças de roda com o ritmo do cacuriá. No curso nós cantamos o "Jacaré Boiô", a "Lavadeira", o "Jabuti", o "Caranguejinho" o "Peixe Piá". Todas elas são muito animadas e propícias para trabalhar com as crianças da Educação Infantil.
O Cacuría é uma dança maranhense, que surgiu nos festejos do Divino Espírito Santo, no início da década de 1970. Alauriano Campos de Almeida, mais conhecido como Lauro (1917-1993), foi o criador desta dança. Seu Lauro era festeiro do Divino e organizador de brincadeiras do Bumba-Boi, do tambor de crioula e do presépio de palhinhas. Com o batuque muito parecido ao do Divino, o cacuriá agrega vários outros ritmos como carimbó e as festividades juninas. 
O cacuriá é ritmado por duas caixas (espécie de tambor feito com couro de boi), dançado com passos marcados, onde os dançarinos se utilizam do rebolado do quadril, da improvisação e da interação com a platéia. O contato corporal com o parceiro da dança é fundamental na brincadeira. A dança é provocante e cheia de simbolismo, transmitindo a manifestação da cultura, das crenças e costumes do povo.
Esta brincadeira ganhou popularidade através de Dona Teté (Almeirice da Silva Santos 1924-2011). Ela criou o grupo "Cacuriá de Dona Teté", responsável por difundir a dança em todo o Maranhão e também no Brasil.

O blog de Andre de Sousa traz três postagens sobre o tema. Vale a pena visitar!

http://musicalizabrasil.blogspot.com.br/2011/10/educacao-musical-serie-ritmos.html

sexta-feira, 23 de maio de 2014

CHICO DOS BONECOS


Francisco Marques é mineiro, nasceu em Belo Horizonte em 1959. É contista, poeta, brincante e mamulengueiro. Seu trabalho, que desenvolve desde o início da década de 1980, tem como matéria-prima a riqueza da oralidade e da cultura brasileira: lendas, contos, fábulas, cantigas, brinquedos e brincadeiras. Com muito humor, carregando malas com brinquedos, livros, cacarecos, bonecos, fantoches, uma gaita, Chico desperta a imaginação do seu público através de suas histórias, brincando com as palavras.
Possuidor de uma voz audível e persuasiva, Chico dos Bonecos utiliza seu corpo, sua memória, sua imaginação e uma linguagem viva e musical para inspirar alunos e professores que participam de seus cursos e palestras. 
Atualmente, Chico mora em São Paulo. É autor de vários livros de literatura infantil, entre eles "Desvendério", "O Lenhador", "A Biblioteca dos Bichos", "Galeio" e "Muitas coisas, poucas palavras - A oficina do Professor Comênio e a arte de ensinar e aprender".
Seu livro "Galeio", publicado pela editora Peirópolis, foi premiado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil como melhor livro de poesia de 2005.
Tenho comigo, já há alguns anos, o CD "Histórias Gudórias de Gurrunfórias de Maracutórias Xiringabutórias", de sua autoria, pelo selo Palavra Cantada. Este CD foi gravado em 1999 e traz muitas histórias e poemas na voz do Chico dos Bonecos. Além disso, ele nos apresenta quatro brinquedos antigos e universalmente conhecidos, que produzem barulhos atraentes e fazem a trilha sonora das histórias: o diabolô, o diablete, o corrupio e a escada-de-Jacó.
  
                                                 



Vale a pena ler na íntegra a entrevista com Chico dos Bonecos publicada no endereço abaixo:

http://www.escoladeeducadores.com.br/ee/index.php?option=com_content&task=view&id=33&Itemid=29

Nesta entrevista, Chico fala da importância do brinquedo e do brincar para a criança. Fala sobre sua infância, seus trabalhos e sobre educação. 

Para Chico não se pode conceber a arte de ensinar sem a brincadeira: "a brincadeira ensina. O estudo é divertimento, quando se entende que aprender é decorrência natural de estar vivo, os cinco sentidos abertos. A escola é o lugar no qual letras e números são brinquedos."

Também dá para ouvir o CD na rádio UOL:

http://www.radio.uol.com.br/#/volume/francisco-marques/historias-gudorias-de-gurrunforias-de-maracutorias-xiringabutorias/3858

"A arte de ensinar é fruto de outra - da arte de aprender. E uma e outra não podem ser submetidas à pressa ou a discursos de eficácia que atropelem o mais importante: a nossa arte de ensinar é uma estrada segura, clara, cercada de infinitas coisas para se ver, ouvir, saborear, pegar, cheirar. Por isso, nessa estrada caminhamos devagar, calmamente, lentamente."


quinta-feira, 15 de maio de 2014

OS SALTIMBANCOS



Em 1977 eu ia completar 12 anos de idade. Não me lembro muito bem se meus pais compraram este disco assim que foi lançado, só sei que eu e minhas irmãs adorávamos ouvi-lo e encenamos o musical para o público lá de casa, no teatro da garagem, em Alumínio, onde morávamos.
No início deste ano, nas nossas reuniões de planejamento da Escolinha do Faz-de-Conta, recebi a sugestão da professora Márica para trabalharmos com o livro "Os Músicos de Bremen". Rapidamente me lembrei das músicas de "Os Saltimbancos" e criei um projeto de educação musical para as crianças dos grupos II e III da escolinha. Cada canção, cada personagem do musical permitiu o desenvolvimento de uma série de atividades para serem trabalhadas nas aulas de música.  As crianças estão adorando e já cantam os principais temas. É muito interessante poder reviver a obra, que me foi tão querida na infância, com meus alunos e perceber o quão atual e surpreendente ela continua sendo. 
A primeira temporada do espetáculo aconteceu no Rio de Janeiro, em 1977, no Canecão. No elenco Marieta Severo, como a gata, Miúcha, a galinha, Pedro Paulo Rangel, o cachorro e Grande Otelo, o jumento. No coro infantil muitas crianças, entre elas: Bebel Gilberto, Isabel Diegues e Sílvia Buarque. 
No entanto, para a gravação do disco, teremos a participação de Nara Leão, como a gata, Magro e Ruy, do grupo MPB 4, como o jumento e o cachorro e  Miúcha, como a galinha.
Em 1992, o espetáculo foi novamente montado, com muito sucesso,  e teve no elenco Nizo Neto, Maria Lúcia Priolli, Ruben Gabira e Suely Franco. 
Mas como tudo começou?


Em uma viagem à Itália, em 1976, Chico Buarque, conheceu o disco "I Musicanti". As músicas eram de Luis Enriquez Bacalov e o texto de Sérgio Bardotti (à esquerda, na foto ao lado). 
Luis Enriquez Bacalov, nasceu na Argentina, em Buenos Aires. Compositor, responsável pela trilha sonora de muitos filmes como "Django", "His Name is King" e "O Carteiro e o Poeta", ganhou, por este último, o Oscar de Melhor Trilha Sonora, em 1994. 
Sergio Bardotti, nasceu na Itália, em Pavia, em 1939, falecendo em Roma no ano de 2007. Letrista e compositor, autor de canções como "Canzone per te", "Ti Lascera" e "Occhi di Ragazza", Sergio Bardotti atuou na indústria fonográfica, sendo diretor da gravadora RCA. Foi responsável por difundir na Itália a música de Vinicius de Moraes, Toquinho e Chico Buarque.
O disco infantil "I Musicanti" foi inspirado no conto dos Irmãos Grimm, "Os Músicos de Bremen". Segundo Sergio Bardotti, a versão italiana, mudou o sexo de dois personagens: o gato e o galo, que passaram a ser uma galinha e uma gata. No entanto, esta mudança ocorreu devido aos intérpretes da obra: o grupo musical "I Richi e i Poveri" que era formado por dois homens e duas mulheres.
O musical não fez grande sucesso na Itália. No Brasil ganhou o nome de "Os Saltimbancos" que significa grupos de músicos ou artistas que viajam pelas cidades, fazendo apresentações nas praças, feiras e ruas.
Chico Buarque foi muito feliz ao imprimir uma linguagem mais teatral à obra. Interessante notar o uso de várias gírias, termos e expressões, que fazem parte das letras das músicas, que retratam o português falado na época. Expressões como: "crista da onda", "estar frito", "cacilda", "que grilo", "botar pra quebrar" entre outras. 
Um trecho bastante interessante do musical é quando os animais resolvem ensaiar a música "Minha Canção". Em forma de brincadeira eles fazem referência a diferentes trechos de músicas brasileiras como "Tem Dó", de Vinicius de Moraes, "Milho Verde", de Gilberto Gil, "Juventude Transviada", de Luiz Melodia  e "Ave Maria do Morro", de Herivelto Martins.
Vale a pena assistir o especial "Chico Buarque - Saltimbancos (2006)", dirigido por Roberto de Oliveira, disponível no endereço:

Os Saltimbancos é um musical com estrutura tradicional: as músicas vão ajudando a contar a história. O Jumento funciona como "mestre de cerimônias", apresentando o que está por vir. O coro das crianças são as vozes de consciência dos animais, advertindo contra os perigos, mostrando caminhos certos. Cada personagem tem sua canção, assim ele se apresenta ao público. As demais melodias fazem a abertura, falam dos sentimentos de alegria, frustração, vitória, apresentam as ideias e os planos dos animais.
As letras são divertidas, com muitas rimas, explorando a sonoridade das palavras e cativando as crianças. 
Quando completou 30 anos, a peça escrita pelo Chico, foi relançada pela editora José Olympio, com ilustrações inéditas de Ziraldo. Você sabia que os dois assinam também "Chapeuzinho Amarelo", clássico da literatura infanto-juvenil brasileira?




quarta-feira, 19 de março de 2014

LOBISOMEM - FERNANDA SANDER

Fernanda Sander é cantora, educadora e compositora. Conheci seus trabalhos através de uma amiga que estudou em Piracicaba, na Escola de Música Artes e Melodias, onde Fernanda estudou.

Fez parte do grupo "Éramos Três", em Belo Horizonte, com Eduardo Borges, Filipe Guerra e Jalver Bethônico. O grupo tinha como proposta mostrar que música para crianças deve instigar a inteligência, a criatividade e a experimentação. O CD "Quando eu crescer" foi vencedor do Prêmio da Música Brasileira, como melhor álbum infantil, em 2011. 

A partir de 2013, o grupo encerrou suas atividades, e Fernanda partiu para o seu projeto "Pé de Poesia".

Entre seus trabalhos vamos encontrar os CDs "Baladinhas de Amor e Dor de Cotovelo" e "Contae" e o livro "A Girafa que Comia Estrelas".

Você pode visitar os endereços abaixo para saber mais:
http://eramostres.com/e3/
http://fesander.blogspot.com.br/
http://www.pedepoesia.com/index.html


quinta-feira, 13 de março de 2014

ASTOR PIAZZOLLA "ADIOS NONINO"





Esta é uma das músicas que mais gosto. É fantástica!

Composta em 1959 pelo compositor argentino Piazzolla, dias depois da morte de seu pai Vicente, a quem o músico costumava chamar de Nonino, este tango foi considerado uma das melhores e mais representativas obras do autor. 
Em meio a uma profusão de sons e ritmos, um fragmento melódico, de notas largas e sentidas, que mais parece um profundo e angustiado lamento, parece conter toda a dor da perda de alguém muito querido.
No próximo dia 16 fazem 11 anos que Francisco, meu filho, faleceu. Esta música é para mim como um Réquiem. Adeus meu menino!


quarta-feira, 5 de março de 2014

BIBLIOTECA DE RITMOS




Começamos o mês de fevereiro falando de carnaval com as crianças da escolinha. Além de muitas marchinhas (divertidas e fáceis de cantar e dançar), falei sobre a bateria das escolas de samba. Notei que as crianças das turmas de 4 e 5 anos pouco sabiam sobre escolas de samba. Achei estranho. Além da divulgação e quantidade de notícias sobre carnaval que inundam os canais de TV nesta época, para mim sempre foi tão normal, desde criança, assistir desfiles, pela TV ou nas ruas de São Roque, Alumínio ou Ouro Preto (lugares que morei). É certo que em Orlândia o carnaval é diferente nos dias de hoje. Então, nada melhor que recorrer aos vídeos para mostrar a bateria das escolas de samba para a criançada.

E foi através de pesquisa que descobri um site muito bacana! Vocês já conheciam?

Biblioteca de Ritmos é um projeto idealizado por Daniel Gonzaga, com o produtor Rodrigo Rezende e o técnico de som Thiago Frazão, que tem como objetivo rodar o Brasil e catalogar ritmos musicais de diferentes manifestações culturais. Segundo Daniel "a ideia é estudar essas células rítmicas e fusões até chegar ao ritmo que conhecemos hoje. O objetivo é catalogar esses ritmos que correm o risco de desaparecer com a morte de seus mestres."

Daniel Gonzaga é filho de Gonzaguinha, nascido no Rio de Janeiro em 1975. Músico e compositor, já tem gravados sete discos. O projeto Biblioteca de Ritmos busca mapear, documentar e divulgar as nuances musicais brasileiras, com o intuito de valorizar a memória musical do nosso povo. 

A partir de viagens e com o patrocínio de Furnas, o músico tem feito um registro valioso, um verdadeiro banco de dados dos ritmos brasileiros. Na página você vai encontrar diversos vídeos e textos sobre diferentes instrumentos como tambores, bandolins, violas, pandeiros, rabecas, triângulos, agogôs, pratos, cuícas, e outros. 
Os ritmos estão organizados também por origem geográfica e étnica. Assim você pode pesquisar ritmos originários de diferentes estados brasileiros e de outros países. Conhecer a origem de determinado ritmo, saber que ritmos vieram de um mesmo lugar e como se manifestaram no Brasil. Conhecer os artistas, cantores, fandangueiros, tocadores, pessoas que são a base da manifestação da cultura brasileira.
O site traz vídeos diversos, vídeos-aulas, músicas e partituras de ritmos. 

Selecionei este vídeo sobre a Cuíca, que foi mostrado para as crianças. Muito bom!
Construímos também uma cuíca, com lata, palito de churrasco e um pequeno paninho úmido para fazer a cuíca soar.




Endereços para você visitar:

http://www.youtube.com/user/bibliotecaderitmos?feature=watch

http://www.bibliotecaderitmos.com.br/

sábado, 8 de fevereiro de 2014

CANÇÕES PARA CRIANÇAS

          Estava lendo uma revista e gostaria de compartilhar um artigo dela com vocês. A revista chama-se "Música & Linguagem" e foi uma publicação especial da revista "Língua" da editora Segmento. Esta edição data de 2010 e o editor foi Edgard Murano. Andei pesquisando no site da revista e no site da editora, porém não encontrei referências à revista, nem sua versão online, a não ser esta nota do editor em seu blog:  http://edgardm.wordpress.com/2010/11/22/o-texto-musical/



          Os artigos são bons e muito interessantes. Nesta postagem gostaria de destacar o artigo de Guilherme Bryan intitulado "Canções para Crianças".
          Neste artigo, o autor fala de grandes compositores que aceitaram o desafio de escrever as letras para músicas infantis, traçando uma pequena linha histórica que tem início na década de 40, quando o Braguinha ou João de Barro resolveu criar a coleção Disquinho. Reunindo as histórias clássicas infantis, a coleção também traz novas histórias, todas elas recheadas de canções de João de Barro, que se tornaram inesquecíveis como: "Pela Estrada", de Chapeuzinho Vermelho, as músicas de "Festa no Céu", da "História da Baratinha" ou ainda de "A Cigarra e a Formiga".
          Em 1977 foi lançado o disco "Os Saltimbancos", adaptação de Chico Buarque do conto "Os Músicos de Bremen". A "Arca de Noé" de Vinicius de Moraes foi lançado em 1980. Os próximos anos foram marcados pelos trabalhos de Toquinho, como "Casa de Brinquedo", Edgard Poças, responsável pelas canções da Turma do Balão Mágico, Guilherme Arantes, com "Lindo Balão Azul" e até mesmo Raul Seixas, com "Carimbador Maluco".
          Os anos 90 trouxeram compositores como Paulo Tatit, Sandra Peres, Hélio Ziskind e Tim Rescala. Compositores como Adriana Calcanhoto e Oswaldo Montenegro também vieram fazer parte deste time. (Gostaria de dizer que estes compositores foram citados no artigo, por isso estou me referindo à estes nomes no momento.)
          O que mais me chamou atenção no artigo, foram os depoimentos desses compositores quando questionados sobre suas músicas e letras, e o desafio de compor para o público infantil. Repasso alguns deles, extraídos diretamente do artigo.


          "As Arcas de Noé, com Vinicius, contêm a poesia primorosa e lúdica do poeta. Com Mutinho (Casa de Brinquedos), os brinquedos adquirem vida, em metáforas diretas e comparações divertidas. E, com Elifas (Andreato), fiz canções muito criativas, cuja essência nasceu dos pragmáticos Direitos da Criança ("Canção de Todas as Crianças"), que se transformaram em histórias cheias de bom humor e cidadania." Toquinho.
" O que deve predominar é a simplicidade, com palavras diretas e objetivas, sem subestimar a capacidade de compreensão da criança. O tema tem de interessar a criança, que deve se sentir atraída pelo enredo das canções, sem se assustar, nem se enjoar. Palavras complicadas devem ser excluídas e priorizadas aquelas que contêm uma sonoridade adequada à melodia. A criança praticamente exige a diversão, a singeleza e a integridade das ideias. Ela percebe imediatamente o que é falso e comprometido com a desordem temática". Toquinho.



"Quando eu e a Sandra fazemos letras como "Pé com Pé"  ou "Bolacha de Água e Sal", sempre submetemos a pessoas com mais tarimba para ver se não há uma ou outra palavra que fique melhor. Lembro-me de várias trocas de palavras na canção "Eu", de minha autoria, feitas ora pelo Arnaldo Antunes e ora pelo meu irmão José Tatit, que é outra pessoa ligada na boa apropriação das palavras." Paulo Tatit.
"A criança tem um vasto mundo interior a ser explorado. Na parte da forma, é preciso ser lúdico, fazer uma letra que brinque com as palavras, uma melodia que tenha uma graça qualquer, um ritmo contundente. Acho difícil que um ritmo mais suingado, como o samba, interesse às crianças de 10 anos. Não sei bem por quê, mas isso acontece. Ou seja, há coisas específicas para crianças, que precisam ser identificadas e trabalhadas. É muito comum ouvirmos uma canção feita para crianças cuja letra comenta o mundo infantil, mas de fora. Normalmente, essa canção não serve para criança e, sim, para o adulto recordar sua infância" Paulo Tatit.


"Para mim, é um valor falar corretamente, ter gosto em usar as regências corretas, ou seja, tratar a língua com carinho. Mas, quando a norma culta soa esquisita, eu me afasto dela. Procuro aproximar as palavras pela sonoridade, pelo ritmo que causam. O texto pode ser longo, e crianças decoram letras enormes, mas o estilo tem de ser sintético." Hélio Ziskind.
"Há um avanço e um grande interesse pela música para crianças. A música está presente nas escolas, mesmo quando não há professores especializados. Há muito mais lojas de instrumentos, e se grava com mais facilidade. Vejo que o meu trabalho e o da Palavra Cantada se expandem. O CD da Adriana Partimpim chegou até a tocar em rádios, coisa que há tempos não acontecia com uma canção infantil. Mas há também o avanço das canções que propõem um erotismo precoce e dos programas de calouros, em que as crianças são conduzidas a serem imitações de adultos em miniatura. Não dá para ter um julgamento único, mas já é uma felicidade ver que músicas distintas conseguem florescer." Hélio Ziskind.


 " A questão da linguagem é crucial. Sem ganchos adequados, não cola. Com criança, o que conta é a forma de dizer as coisas. Aí é que está o talento. É preciso oferecer figuras palatáveis para as crianças e jamais sugerir regras. Trabalhar com a liberdade, pois a criança funciona na intuição e não no raciocínio." Guilherme Arantes.
"Para o público, em geral, você pode "ser infantil". Para a criança, jamais. Criança não quer papo infantil, pueril. Criança quer criatividade pura, mas com sugestão de crescimento, de mundo grande." Guilherme Arantes.




"Ele cantava para ver minha reação. Se eu ficasse contente, seguia em frente. Se não, mudava o que tinha feito. Ele também gostava de inventar palavras, que eu achava engraçadas. E chegava até a mudar o rumo das histórias de acordo com o que eu queria, como, por exemplo, tirar a avó da barriga do lobo em Chapeuzinho Vermelho - recorda Maria Cecília." Sobre Braguinha, Maria Cecília Braga de Araújo Góes, sua filha.






"No trabalho para o público em geral, minha única preocupação é desabafar, ser verdadeiro e que eu goste. A arte para o adulto não tem compromisso com a lógica e nem compromisso político ou filosófico. A arte para o adulto é feita, e deve ser feita, de maneira livre, carregando a bandeira da liberdade total. Já para a criança, a gente tem de tomar um cuidado absoluto." Oswaldo Montenegro.




"A criança absorve com muito mais rapidez qualquer proposta artística, o que é bom, a princípio, mas pode ser perigoso. Afinal, a disponibilidade auditiva da criança fica à mercê de tudo". Tim Rescala.




Transcrevi estes depoimentos de grandes compositores retirados do artigo de Guilherme Bryan. Acredito que serão úteis para nós, educadores musicais e pessoas interessadas em música para crianças. Aprender com quem tem experiência e faz sucesso é muito bom!









terça-feira, 21 de janeiro de 2014

UM MINUTIIIINHO! PALAVRA CANTADA.

     Estou ouvindo o CD "Um Minutiiiinho!" do grupo Palavra Cantada. Seus trabalhos sempre foram muito bons! Ricos melodicamente, ricos nas letras das músicas, nos ritmos, nos arranjos. Sempre surpreendem as crianças e também os adultos! 
     Admiro no grupo o respeito com que tratam o ato de compor e tocar para a criançada! E por isso eles estão aí, fazendo muito sucesso! É muito bom tê-los perto da gente!



     Lançado no primeiro semestre de 2012 o CD traz canções inéditas como "Bruxa Feia", "Agenda Infantil", "Um Minutiiiinho!" e "Para Parar a Brincadeira", além de músicas já conhecidas como "Vem Dançar com a Gente", "A Nossa Casa" e "Então tá Combinado".
     Ao todo são 14 canções que falam sobre a vida das crianças, suas relações com seus familiares, amigos  e com o mundo ao redor. 
     As canções "Um Minutiiiinho!", "Para parar a brincadeira" e "Agenda Infantil" chamam a atenção para o dia-a-dia da criançada e como os adultos interferem neste dia-a-dia, muitas vezes sem respeitar o tempo e a "voz" das crianças. 
     "Então tá Combinado" foi usada pela TV Cultura na abertura do programa Quintal da Cultura.
     Algumas músicas usam sons onomatopaicos, que chamam a atenção, principalmente dos pequenos e são divertidas. São elas: "Vambora tá na hora", "Passeando" e "Eu sou um Bebezinho".
     Duas músicas lindíssimas: "Vem dançar com a gente" - tão animada e contagiante e "Bolinhas de Sabão" - que explora sons feitos com a boca e os lábios, foram usadas na apresentação do final de ano da escolinha em que leciono. As crianças dançaram, brincaram no palco com bolhinhas de sabão e com roupas de bruxas e caveiras chamaram toda platéia para dançar. Foi muito especial!
     Misturando poesia, bossa-nova, ritmos ternários que sugerem movimentos giratórios, as canções "Bruxa Feia", "Esse e Aquela", "A Nossa Casa" e "Olha o Nenê" são deliciosas de ouvir!
     E bem no meio do CD uma ótima história, falando de desmatamento, queimada e desrespeito à vida selvagem, "Papagaio Reginaldo" é bem interessante! Tenho certeza que a criançada vai ouvir com muita atenção.
     O CD tem direção musical de Paulo Tatit, produção musical de Guilherme Kastrup e mixagem de João Milliet. Participação especial de Fernanda Takai na faixa "Olha o Nenê", do coral infantil do Palavra Cantada e de Dora Stroeter, uma menina de 9 anos que gravou duas faixas. Boa parte das músicas foi composta em parceria com Zé Tatit e duas delas com Arnaldo Antunes. A música "A Nossa Casa" traz também Alice Ruiz como letrista.






Falando de Rosas

Estava procurando uma cantiga para as crianças dançarem na festa junina da escolinha. Esta música é uma graça e neste arranjo ficou melhor ainda. Apreciem!